De acordo com a AGU, o valor será destinado à esposa, ao pai e aos irmãos de Evaldo. Além disso, ficou estabelecido que a esposa e o filho do músico receberão uma pensão mensal no valor de um salário mínimo. Essa indenização é resultado do reconhecimento da responsabilidade do Estado pela morte do músico, que ocorreu durante uma ação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) executada por militares do Exército.
Vale destacar que, em 2021, os militares envolvidos no assassinato de Evaldo foram condenados pela Justiça Militar. A acusação apontou que os militares dispararam contra o carro onde o músico estava, um Ford KA branco, enquanto buscavam autores de um roubo. Nesse episódio, o sogro de Evaldo também foi ferido, mas sua esposa, filho e uma amiga que estavam no veículo não foram atingidos.
Outro triste desfecho dessa história foi o falecimento do catador de recicláveis Luciano, que foi baleado ao tentar socorrer Evaldo e acabou morrendo 11 dias depois no hospital. Entretanto, até o momento, não há informações sobre algum acordo ou indenização para a família de Luciano.
Esse caso traz à tona questões importantes sobre a atuação das forças de segurança e o respeito aos direitos humanos. A morte de Evaldo Rosa dos Santos expôs uma triste realidade, na qual vidas são ceifadas de maneira cruel e injusta. A condenação dos militares envolvidos e o acordo de indenização firmado entre a AGU e os familiares demonstram a necessidade de responsabilizar aqueles que abusam de sua autoridade e cometem crimes contra a população.
Nesse sentido, espera-se que esse caso traga reflexões e mudanças na atuação das forças de segurança, visando a garantia dos direitos fundamentais e o respeito à vida de todos os cidadãos. A indenização paga aos familiares de Evaldo é um importante passo nessa direção, porém, é essencial que medidas sejam tomadas para evitar que injustiças como essa se repitam no futuro.
