JUSTIÇA – [AGU fecha acordo de R$ 405 mil com mãe de vítima asfixiada em viatura da PRF

A Advocacia-Geral da União (AGU) fechou um acordo nesta terça-feira (12) para indenizar a mãe de Genivaldo de Jesus Santos, que foi morto por asfixiamento dentro de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O valor acordado para o pagamento da indenização foi de R$ 405 mil.

O acordo foi resultado de uma ação judicial movida pela família de Genivaldo, que buscava responsabilizar o governo federal pelos atos dos policiais rodoviários. De acordo com a AGU, R$ 400 mil serão destinados como indenização por danos morais e outros R$ 5 mil serão pagos para cobrir os gastos com o sepultamento.

O caso veio à tona no ano passado, quando imagens divulgadas na internet mostraram a ação policial que resultou na morte de Genivaldo. Ele foi detido pelos agentes da PRF após ser parado por trafegar de moto sem capacete em uma rodovia de Sergipe. Durante a abordagem, um dos policiais jogou bombas de gás dentro do veículo e manteve a tampa do porta-malas abaixada, impossibilitando que Genivaldo saísse ou respirasse.

A repercussão do caso trouxe à discussão os abusos cometidos pelas forças de segurança e a importância de combater a violência policial. No mês passado, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, assinou a demissão dos três policiais rodoviários federais que participaram da abordagem que resultou na morte de Genivaldo.

A indenização alcançada nesse acordo é uma forma de reparar os danos causados à família de Genivaldo e de reafirmar a responsabilidade do Estado em garantir a integridade física e a vida dos cidadãos. Além disso, o pagamento dos R$ 5 mil para cobrir os gastos com o sepultamento é um reconhecimento da necessidade de amparar as famílias das vítimas, que muitas vezes sofrem não apenas com a perda de um ente querido, mas também com as despesas decorrentes dessa perda.

É importante ressaltar que esse acordo não resolve completamente o problema dos abusos policiais, mas representa um passo na busca por justiça e pela responsabilização daqueles que cometem crimes dentro das forças de segurança. É fundamental que haja um trabalho constante de aprimoramento dos protocolos e treinamentos das polícias, a fim de evitar tragédias como a que vitimou Genivaldo e tantas outras pessoas. A sociedade deve exigir a punição adequada para os agentes que cometem abusos e lutar por uma segurança pública mais justa e respeitosa.

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