De acordo com os detalhes do processo, enquanto estava no estabelecimento, Wassef não apenas criticou a qualidade da pizza que havia consumido, mas também atacou a dignidade da funcionária com um comentário que extrapolou a crítica gastronômica. Frustrado, ele insultou a mulher ao chamá-la de “macaca”, insinuando uma desvalorização que, além de ser uma ofensa pessoal, carrega um forte viés racial e preconceituoso.
O juiz Omar Dantas Lima, que analisou o caso na 3ª Vara Criminal de Brasília, considerou que as palavras proferidas por Wassef não só foram desrespeitosas, mas também infrigiram a dignidade da atendente. Em sua sentença, o magistrado destacou a gravidade da ofensa, comentando que a expressão utilizada possui a capacidade de causar um profundo desprezo e envergonhamento, evidenciando que sua fala foi intencionalmente maldosa.
Como resultado da condenação, Frederick Wassef foi sentenciado a um ano e nove meses de prisão, cuja pena foi convertida em sanções alternativas, além de ter de pagar a quantia de R$ 6 mil a título de danos morais para a vítima. Esta decisão não apenas traz certo alívio para a atendente do estabelecimento, mas também ressalta a importância da judicialização de atos de racismo no país.
Vale ressaltar que a decisão ainda permite a possibilidade de recurso, abrindo uma via de contestação para o advogado. Em um contexto onde temas relacionados ao racismo e ofensas verbais estão cada vez mais em evidência, o caso de Wassef reflete os desafios que ainda persistem no combate à discriminação e na proteção da dignidade humana em todos os espaços.









