Durante a sustentação em defesa de Thiago de Assis Mathar, condenado a 14 anos de prisão, o advogado fez comparações infelizes, equiparando a situação dos presos com o Holocausto. Além disso, ele acusou o ministro do STF Alexandre de Moraes de inverter o papel de julgador para se tornar um acusador.
A situação se agravou ainda mais quando Hery fez uso de uma declaração descontextualizada do ministro Luís Roberto Barroso durante o julgamento. Além disso, ele confundiu as obras literárias “O Príncipe”, de Nicolau Maquiavel, com “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry, ao citar a frase “os fins justificam os meios”.
Diante dessa postura, o Solidariedade considerou as falas do advogado como “ofensivas e desrespeitosas” em relação ao STF. Em comunicado, a legenda informou que a direção municipal do partido em Votuporanga-SP não compactua com esse tipo de comportamento e decidiu expulsar Hery do quadro de filiados.
Durante o julgamento, o ministro Alexandre de Moraes manifestou sua crítica às declarações de Hery, chamando o discurso do advogado de “patético e medíocre”. Em suas palavras, o ministro insinuou que Hery teria feito tais declarações com a intenção de ganhar visibilidade e se candidatar a vereador nas eleições municipais do próximo ano.
Hery não foi o único advogado a adotar uma postura ofensiva durante o julgamento. Sebastião Coelho da Silva, que representa Aécio Pereira, condenado a 17 anos de prisão, insultou os ministros do STF, chamando-os de “pessoas mais odiadas do país”. Por sua vez, a advogada Larissa Lopes de Araújo, defensora de Matheus Lima de Carvalho Lázaro, chorou durante a sustentação e acusou o STF de não cumprir a Constituição.
Apesar dessas manifestações e críticas, a ministra Rosa Weber, presidente da Corte, defendeu a atuação do tribunal durante o julgamento. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também enviou um ofício manifestando seu apoio ao STF e reiterando a importância de responsabilizar todos os envolvidos pelos atos golpistas ocorridos em janeiro, assegurando o devido processo legal.
Com a expulsão de Hery Waldir Kattwinkel, o Solidariedade reafirma sua postura de não compactuar com discursos ofensivos e desrespeitosos, especialmente em relação ao Supremo Tribunal Federal. A legenda destaca a importância de promover um ambiente de diálogo e respeito institucional.