Testemunhas relataram que mesmo com o shopping fechado na ocasião do alagamento, era possível acessar a loja nos dias seguintes para a retirada dos animais, o que não foi feito pela empresa. Na primeira loja, pelo menos 38 animais foram encontrados mortos, enquanto, na segunda loja, ativistas conseguiram entrar e resgatar os animais a tempo, evitando uma tragédia ainda maior.
O defensor público do Núcleo de Defesa Ambiental da DPE, João Otávio Carmona Paz, afirmou que a Cobasi teve tempo suficiente para salvar os animais de forma segura, mas não o fez, o que configurou um completo descaso com a vida dos animais. Além disso, a empresa foi acusada de expor a saúde pública a riscos, uma vez que a decomposição dos animais mortos poderia causar doenças graves, como leptospirose, raiva e hepatite.
A ação movida pela Defensoria pede uma indenização de R$ 50 milhões por diversos danos, como danos ambientais, à saúde pública, danos psicológicos à coletividade atingida e danos punitivos. Além disso, a Defensoria busca proibir a Cobasi de comercializar animais e impor restrições quanto ao uso de gaiolas e locais de comercialização em áreas de risco de inundação.
Até o momento, a Cobasi não se pronunciou sobre o caso. A Agência Brasil entrou em contato com a empresa e aguarda um retorno para mais esclarecimentos. Este incidente chocante expõe a necessidade de uma regulamentação mais rígida e de fiscalização eficaz para garantir o bem-estar dos animais e evitar tragédias como essa no futuro.