Delgatti foi condenado a 20 anos de prisão por invadir o celular do ex-juiz federal Sergio Moro e divulgar parte das mensagens trocadas por Moro e autoridades como o deputado Deltan Dallagnol. Além disso, o hacker é acusado de invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça e inserir falsos alvarás de soltura, além de uma ordem de prisão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Durante seu depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional, Delgatti afirmou que invadiu o sistema do CNJ com o intuito de desmoralizar o Poder Judiciário. Ele também mencionou uma suposta reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, na qual teriam discutido a possibilidade de invadir as urnas eletrônicas para fraudar o código-fonte. Segundo Delgatti, Mauro Cid teria presenciado essa conversa.
Essas declarações de Delgatti levaram a Polícia Federal a convocar Mauro Cid para prestar esclarecimentos. O ex-ajudante de ordens iniciou seu depoimento na última sexta-feira, mas a oitiva foi interrompida e retomada hoje.
Vale ressaltar que essas acusações de Delgatti ainda são investigadas e não há provas concretas que confirmem sua versão dos fatos. Tanto a deputada Carla Zambelli, acusada por Delgatti de ter sido sua mandante na invasão do sistema do CNJ, quanto o ex-presidente Jair Bolsonaro negam qualquer envolvimento com as ações do hacker.
As investigações envolvendo Mauro Cid e o hacker Walter Delgatti seguem em andamento, e novas informações poderão surgir a partir do depoimento prestado hoje à Polícia Federal. A apuração dos fatos é fundamental para esclarecer as denúncias e determinar a existência de eventuais responsabilidades criminais, garantindo assim a transparência e a justiça nos desdobramentos desse caso.