Juros futuros iniciam a semana em leve alta após comentários ‘hawkish’ do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell



Nesta segunda-feira, os juros futuros abriram a semana em leve alta, impulsionados pela curva de juros dos Treasuries, que repercutiram os comentários mais rígidos do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell. Segundo Powell, um corte na taxa de juros americana em março “não é o mais provável”, reiterando sua postura mais conservadora em relação à política monetária.

Essa declaração vem logo após o relatório de emprego dos EUA, o payroll, apresentar números mais fortes do que o esperado na sexta-feira (2), provavelmente contribuindo para a mudança de tom de Powell. Em relação a isso, o cogestor da Warren Investimentos, Luis Felipe Laudisio, aponta que “se o Copom já havia indicado uma preocupação com o cenário externo, após o payroll de sexta a preocupação para a ser triplicada”. Laudisio destaca ainda que a correlação com movimentos externos deve seguir alta.

Como resultado, o dólar teve uma valorização em relação ao real e à maioria das moedas. Na manhã desta segunda-feira, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 atingiu a máxima de 9,990%, acima dos 9,978% anteriores, enquanto o DI para janeiro de 2027 subiu para a máxima de 9,900%, comparado aos 9,862% do ajuste anterior. O DI para janeiro de 2029 também registrou alta, atingindo a máxima de 10,335%, acima dos 10,299% do ajuste de sexta-feira.

Esses números indicam uma tendência de alta dos juros futuros, refletindo a incerteza e a volatilidade no mercado financeiro diante das expectativas em relação à política econômica dos Estados Unidos e seu impacto global. A postura mais conservadora do Fed em relação à política monetária parece ter influenciado os investidores, que buscam se posicionar estrategicamente diante das perspectivas econômicas incertas.

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