Júri popular do homicídio de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT, é marcado para quinta-feira em Foz do Iguaçu



O aguardado júri popular do caso do homicídio do guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, está marcado para acontecer nesta quinta-feira (4) em Foz do Iguaçu (PR). O trágico episódio ocorreu durante a festa de aniversário de 50 anos da vítima, cujo tema era o partido político ao qual fazia parte, em 2022. O autor dos disparos que tiraram a vida de Arruda, o policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, invadiu o local da celebração e efetuou dez tiros, atingindo fatalmente a vítima com quatro deles.

Inicialmente agendado para o dia 7 de dezembro de 2023, o julgamento foi adiado a pedido da defesa de Guaranho, que argumentou ter sido pega de surpresa pela inclusão de um laudo pericial no processo, alegando não ter sido notificada ou participado da elaboração de provas naqueles autos.

O réu foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná por homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo fútil e perigo comum. A acusação argumenta que o crime teve motivação política, evidenciada não apenas pelos depoimentos de testemunhas e familiares, mas também pelas imagens capturadas pelas câmeras de segurança posicionadas no local da festa. O advogado que representa a família da vítima, Daniel Godoy Junior, enfatiza a importância do julgamento como forma de responsabilizar o acusado e coibir a violência política no país.

O trágico episódio ocorreu em uma área reservada da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, na Vila A, em 9 de julho de 2022. O agressor, desconhecido da vítima e seus familiares, chegou ao local em seu carro com música alta veiculando um jingle de campanha do então candidato Jair Bolsonaro, gerando um clima de tensão ao perceber a decoração partidária da festa. A ameaça de morte feita por Guaranho foi seguida pelos disparos que ceifaram a vida de Marcelo Arruda, enquanto ele tentava se proteger debaixo de uma mesa.

Atualmente, o réu está detido no Complexo Médico Penal de Pinhais e foi exonerado do cargo de policial penal por irregularidades cometidas no exercício da função. O julgamento do impactante caso está agendado para acontecer na Vara Plenário do Tribunal do Júri de Foz do Iguaçu, com transmissão ao vivo disponível no canal do Tribunal de Justiça do Paraná.

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