Representado pelos promotores de Justiça Lídia Malta Prata Lima e Thiago Riff, o Ministério Público de Alagoas (MPAL) manteve uma postura acusatória firme, sustentando as qualificadoras para o pedido de condenação dos réus envolvidos no caso. Ao todo, foram arroladas nove testemunhas, incluindo a mãe da vítima e o delegado Lucimério Campos, que atuou nas investigações e explicou detalhadamente o início do processo.
Durante os interrogatórios, os réus afirmaram sua inocência e buscaram apresentar suas defesas contra as acusações de homicídio duplamente qualificado. O juiz Eduardo Nobre informou que o júri poderia se estender até a quarta-feira, mas a conclusão ainda poderia ocorrer no mesmo dia, dependendo dos debates.
Um dos momentos mais marcantes do julgamento foi o depoimento do sargento da Polícia Militar de Alagoas, José Mário, um dos acusados pela morte de Kleber Malaquias. José Mário acusou os delegados Lucimério Campos e José Carlos André de mentirem durante as investigações, alegando que foram manipulados e coagidos durante o processo.
A promotora de Justiça Lídia Malta destacou a complexidade do caso, enfatizando que o desaforamento do julgamento para uma comarca distinta foi necessário devido ao contexto político envolvido no crime. A transferência do local do julgamento foi motivada por questões de segurança, visto que o crime foi considerado um homicídio de mando cometido com a participação de policiais.
O assassinato de Kleber Malaquias dentro de um bar em Rio Largo comoveu a população da cidade, pois a vítima era conhecida por denunciar políticos e colaborar com as autoridades locais. O Ministério Público segue em busca de identificar o autor intelectual por trás desse crime que abalou a sociedade de Rio Largo.