Júri de advogada acusada de encomendar assassinato de colega começa em Maceió após 11 anos do crime brutal na Praia do Francês.

Nesta quinta-feira, 14 de setembro, o Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, localizado em Barro Duro, Maceió, será palco de um julgamento que promete atrair ampla atenção da sociedade. A advogada gaúcha Janadaris Sfredo, de 34 anos, enfrenta um júri popular acusado de encomendar a morte do advogado alagoano Marcos André de Deus Félix, um crime que chocou a comunidade local e ocorreu há cerca de nove anos.

O fato trágico se deu em 14 de março de 2014, na Praia do Francês, em Marechal Deodoro, onde Marcos André foi alvo de múltiplos disparos. Após o ataque, ele foi socorrido e levado inicialmente para o Hospital Geral do Estado, e posteriormente transferido para o Hospital Universitário Professor Alberto Antunes. Apesar dos esforços médicos, o advogado não resistiu aos ferimentos e faleceu 13 dias depois.

As investigações, conduzidas pelo Ministério Público Estadual (MPAL), revelaram que Janadaris e seu marido, Sérgio Luiz Sfredo, seriam os arquitetos do crime, tendo contratado um grupo de executores com um pagamento de R$ 2 mil. A motivação para o crime estaria relacionada a conflitos pessoais que remontam a 2010, durante uma disputa judicial em que Marcos representava proprietários em uma ação de despejo contra a Pousada Lua Cheia, gerida por Janadaris. A derrota na ação teria alimentado uma relação hostil entre as partes.

A tensão se intensificou quando o casal Sfredo começou a administrar a Pousada Ecos do Mar e passou a residir nas proximidades de Marcos André, gerando ressentimentos e confrontos que impactaram a vida do advogado, tornando o ambiente insustentável. Em seu papel como acusador, o promotor de Justiça Coaracy Fonseca buscará provar a culpabilidade de Janadaris durante o processo.

Esse caso dramático não apenas revela as complexidades das relações humanas e profissionais, mas também levanta importantes questões sobre legalidade e moralidade no campo da advocacia. O desfecho deste julgamento poderá estabelecer um precedente significativo para futuros casos similares e relembrar a fragilidade da vida, marcada por escolhas que podem levar a consequências irreversíveis.

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