Julian Assange se declara culpado de espionagem em acordo com Departamento de Justiça dos EUA, encerrando longa saga jurídica.



O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, chegou a um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e se declarará culpado das acusações de espionagem e roubo de documentos sigilosos. Essa decisão encerra uma longa batalha jurídica que envolveu diferentes continentes e permitirá que Assange retorne à Austrália, seu país natal.

De acordo com documentos judiciais revelados nesta segunda-feira, 24, Assange foi libertado da prisão no Reino Unido, onde aguardava extradição para os EUA, e já retornou à Austrália. Ele se comprometeu a comparecer ao tribunal federal nas Ilhas Marianas na quarta-feira, 26, para admitir a culpa em uma acusação de espionagem.

A confissão de Assange encerra um caso que gerou debates sobre liberdade de imprensa, já que ele é conhecido por expor irregularidades militares dos EUA. Enquanto seus defensores afirmam que ele agiu como um jornalista, os investigadores argumentam que suas ações colocaram em risco a segurança nacional.

A audiência de quarta-feira, 26, acontecerá nas Ilhas Marianas, devido à relutância de Assange em viajar para o território continental dos EUA e à proximidade da corte com a Austrália. O acordo garante que Assange não receberá uma pena adicional de prisão, sendo equivalente ao tempo que já passou em detenção no Reino Unido.

Os promotores acusaram Assange de ajudar a analista de inteligência Chelsea Manning a obter e divulgar documentos confidenciais do governo dos EUA. Esses documentos revelaram segredos militares e conversas diplomáticas, o que levou à acusação de prejudicar a segurança nacional.

Com o acordo, Assange encerra um capítulo conturbado de sua vida e poderá voltar à Austrália sem enfrentar extradição para os EUA. A decisão de se declarar culpado nas acusações de espionagem e roubo de documentos sigilosos marca o fim de uma saga legal que se desdobrou ao longo dos anos.

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