O crime, que abalou a cidade de Maceió, foi cometido em 2016, quando Joana Mendes foi cruelmente morta com 32 facadas. Seu corpo foi encontrado em um carro abandonado no bairro do Poço, deixando a população perplexa com tamanha barbárie.
O promotor de Justiça Antônio Vilas Boas, encarregado da acusação e da sustentação das qualificadoras, afirma que não há mais espaço para adiamentos. O magistrado responsável pelo caso determinou a intimação da Defensoria Pública, para que a defesa do réu não possa alegar novos obstáculos que resultem em mais atrasos.
Segundo Vilas Boas, a família da vítima sofre duplamente a cada adiamento do julgamento. Para eles, parece que Joana está sendo assassinada novamente, como se houvesse descaso com sua memória. Eles clamam por justiça e esperam que o assassino pague pelo crime hediondo que cometeu. Para eles, as 32 facadas desferidas contra uma mulher ingênua que acreditava que o encontro com seu ex-marido seria para discutir a guarda do filho e outros aspectos da separação do casal representam um ato de extrema violência e dissimulação.
O primeiro julgamento estava agendado para 18 de dezembro de 2023, mas foi suspenso devido ao cumprimento de um mandado de prisão contra o réu, quatro dias antes. Uma nova data foi marcada para 1º de fevereiro, porém Arnóbio Henrique Melo não foi julgado novamente. O MPAL espera que desta vez não haja mais adiamentos.
Joana Mendes e seu ex-marido Arnóbio Henrique estavam em processo de divórcio, iniciado pela vítima, o que não foi aceito pelo assassino. Ela foi morta dentro de um carro abandonado no bairro do Poço.
Apesar das alegações da defesa de que o réu sofria de transtornos mentais, não há evidências disso nos autos do processo, apenas a comprovação de um crime premeditado.
O Ministério Público espera que a justiça seja feita e que o réu seja condenado com todas as qualificadoras. A sociedade alagoana aguarda por um desfecho que reflita a gravidade desse crime e traga um mínimo de conforto para a família da vítima.