A investigação do caso revela que, após cometer o crime, Leandro não apenas abandonou o corpo de Flávia, mas o escondeu em uma geladeira, atitude que levanta questões sobre a frieza e a premeditação do ato. Também sob julgamento está o pai de Leandro, Ademir da Silva Araújo, que é acusado de auxiliar o filho na tarefa macabra de desfazer-se do corpo. A participação do pai no crime evidencia a complexidade das relações familiares e como as dinâmicas de apoio e cumplicidade podem se manifestar em situações extremas.
O promotor de Justiça responsável pelo caso, Marcus Mousinho, vinculado à 49ª Promotoria de Justiça da Capital, apresentará evidências que sustentam a tese de homicídio triplamente qualificado. Ele argumentará que o crime foi motivado por razões fúteis, além de ser praticado de maneira cruel, caracterizando-se, portanto, como um feminicídio. Ademais, os envolvidos enfrentam a acusação de ocultação de cadáver, uma infração que ergue questões éticas e legais sobre o tratamento da vítima mesmo após sua morte.
A sociedade alagoana aguarda com expectação o desfecho desse processo, que não apenas buscará justiça para Flávia, mas também refletirá sobre a necessidade urgente de discutir e combater a violência contra a mulher. O julgamento está pautado para iniciar em um contexto em que a conscientização sobre feminicídios e sua relação com a cultura de violência se tornam cada vez mais cruciais para a construção de uma sociedade mais justa e segura.