Durante os dois primeiros dias do julgamento, as testemunhas destacaram repetidamente o estado de embriaguez de Daniel Alves na noite do incidente, o que pode vir a servir como argumento para a redução de uma possível pena. A defesa do jogador utilizou este ponto como justificativa para solicitar a suspensão do julgamento oral, alegando que as investigações iniciais ocorreram sem o conhecimento do atleta.
A juíza responsável pelo caso negou o pedido, e as testemunhas no tribunal continuaram a fornecer relatórios sobre a embriaguez de Daniel Alves naquela fatídica noite. Bruno Brasil, amigo do jogador que estava presente na casa noturna, mencionou que a ida de Daniel ao banheiro foi motivada por “dor de barriga”, mas no tribunal afirmou que não sabia o motivo. O gerente do estabelecimento confirmou que Daniel Alves não estava em seu estado habitual e parecia ter ingerido álcool ou outra substância. A esposa do jogador, Joana Sanz, revelou que ele retornou para casa muito embriagado naquela noite e mal conseguia conversar devido ao seu estado.
Estas referências à embriaguez do jogador podem ser parte de uma estratégia da defesa, conforme especialistas ouvidos pelo jornal Estadão. No entanto, as múltiplas mudanças na versão dos fatos fornecidas por Daniel Alves podem dificultar a defesa, minando sua credibilidade.
Os especialistas ainda apontam que, de acordo com o Código Penal da Espanha, a embriaguez não precisa ser acidental para excluir a responsabilidade penal, apenas não preordenada, ou seja, intencional para cometer o crime. No entanto, a defesa se esforça para argumentar que não houve um abuso sexual forçado, mas sim uma relação consensual, sem violência.
O resultado deste julgamento está sendo aguardado com ansiedade por fãs, a mídia e os envolvidos no caso, e a expectativa é de que a justiça seja feita, levando em consideração todas as informações e provas apresentadas durante o processo.