A juíza Soraya Maranhão, responsável pelo 1º Juizado, ressaltou a importância de fornecer serviços às mulheres que estão sob medidas protetivas, permitindo que possam romper com o ciclo de violência e conquistar sua autonomia. Ela destacou o programa “João e Maria”, uma abordagem inovadora destinada a atender crianças de zero a seis anos que são expostas a situações de violência. A iniciativa já foi agraciada com um prêmio do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) devido à sua relevância social.
O programa visa entender e atender às necessidades das mulheres e suas crianças, criando uma articulação com serviços existentes no estado, como creches e assistência psicológica. A juíza enfatizou que essa abordagem integrada é fundamental para oferecer suporte adequado e aumentar as chances de recuperação das vítimas.
Marília Albuquerque, secretária da Mulher, elogiou o trabalho do Judiciário e expressou o compromisso da Secretaria em fortalecer a rede de apoio às vítimas. Para ela, a manutenção de acompanhamento das mulheres que recebem medidas protetivas é crucial. Essa estratégia não só promove a segurança imediata, mas também abre portas para que essas mulheres sejam capacitadas e consigam reingressar no mercado de trabalho, uma ação que pode ser decisiva para a superação do ciclo de violência.
O juiz Diego Dantas, do 2º Juizado, reforçou a necessidade de uma colaboração constante entre as esferas do Judiciário e do Executivo para enfrentar o aumento alarmante dos casos de violência contra mulheres. Ele destacou que a visita da secretária representa uma resposta positiva do Estado a essa questão tão delicada e necessária, demonstrando a urgência de ações efetivas.
Essas iniciativas revelam um esforço conjunto para que vítimas de violência não apenas sejam protegidas, mas também tenham condições de reescrever suas histórias, rompendo com a violência e buscando uma vida mais digna e autônoma.