Juiz auxiliar de Alexandre de Moraes é classificado como punitivista ao decretar prisão de ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

O juiz auxiliar do Supremo Tribunal Federal (STF), Airton Vieira, ganhou destaque após sua atuação na audiência em que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, desmaiou ao ter a prisão decretada. Airton Vieira foi classificado como punitivista pelo próprio ministro Alexandre de Moraes, que destacou sua tendência em penalizar indivíduos envolvidos em casos criminais.

Em 2021, Airton Vieira assumiu como desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e recebeu elogios de Moraes por suas qualidades durante um evento virtual. O ministro ressaltou a competência e serenidade do magistrado, destacando sua postura punitivista nos julgamentos. Moraes mencionou, de forma bem-humorada, a inexistência de qualquer “semi-garantismo” nas decisões de Airton Vieira.

Além disso, o perfil punitivista de Vieira ficou evidente em sua opinião sobre crimes de “bagatela”, como pequenos furtos de produtos de pouco valor. Em um documentário de 2009, o juiz expôs sua visão sobre o assunto, defendendo que a punição para essas ações é necessária para coibir a prática generalizada.

Vieira também esteve envolvido em um caso de troca de mensagens com assessores de Moraes e um ex-funcionário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a produção de relatórios relacionados a bolsonaristas, que foram utilizados no inquérito das Fake News. Essa situação veio à tona através de uma reportagem da Folha de S.Paulo.

Ao longo de sua carreira, Airton Vieira se destacou por sua postura punitivista e por sua atuação em casos de grande repercussão envolvendo aliados do presidente Jair Bolsonaro. Sua decisão na audiência de Mauro Cid, que resultou no desmaio do ex-ajudante de ordens, evidenciou sua rigidez em relação a casos criminais que chegam até ele.

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