Segundo relatos iniciais, Charles e seu amigo Carlos caminhavam às margens da rodovia quando foram atingidos por um veículo que se encontrava em alta velocidade. Ambos foram rapidamente socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levados ao Hospital Municipal de Joaquim Gomes. Devido à gravidade dos ferimentos, os dois foram transferidos para unidades hospitalares em Maceió. Infelizmente, Charles não resistiu e faleceu algumas horas após o acidente, enquanto Carlos permanece internado e recebendo tratamento médico.
A situação gerou indignação na comunidade indígena, especialmente porque o motorista supostamente envolvido no acidente teria deixado o local sem prestar socorro. Embora essa informação ainda não tenha sido confirmada pela polícia, rumores sobre a identidade do motorista, que seria um residente da própria Joaquim Gomes, intensificaram a revolta entre os indígenas. Como forma de protesto, a comunidade manifestou a intenção de interditar a BR-101 até que medidas fossem tomadas em relação ao caso.
Charles José era casado e pai de dois filhos, atuando como motorista do serviço de saúde indígena, facilitando o transporte de pacientes da aldeia para unidades de saúde na região. Amigos e familiares o descreveram como um homem calmo e dedicado, profundamente envolvido com sua família e sua comunidade.
A polícia confirmou que um inquérito será instaurado para investigar as circunstâncias do atropelamento e identificar oficialmente o motorista responsável. O desfecho da situação ainda gera muitas expectativas entre os moradores da comunidade, que clamam por justiça e segurança nas estradas que cercam suas aldeias.
