Chávez expressou sua preocupação ao afirmar que teme pela segurança de seus pais sempre que eles saem de casa. Para ele, cada despedida carrega a incerteza de nunca mais vê-los novamente, uma angústia que atinge muitos jovens imigrantes que, apesar de serem cidadãos americanos, se veem considerados como “alvos fáceis” de ataques e discriminação. Ele destacou como a luta de seus pais, imigrantes que deixaram tudo para trás em busca de uma vida melhor, se contrapõe ao tratamento desumano que muitos enfrentam, sendo rotulados e julgados pela cor da pele e pelo sotaque.
Em um apelo emocional, Manny ressaltou a falta de suporte das autoridades e a crescente sensação de insegurança que permeia sua vida escolar. Ele descreveu a apreensão de ser detido por indivíduos que, encapuzados, não são reconhecíveis e representam uma ameaça desconhecida. Essa situação gera um ciclo de medo que impede que ele e seus colegas se concentrem nos estudos e em seus sonhos.
O estudante ressaltou ainda a indignação com a postura do governo, que, segundo ele, parece desinteressado pela situação de imigrantes e suas realidades diárias. Ele pediu que os vereadores o ouvissem e tomassem atitudes concretas para mudar essa situação.
Após seu depoimento viralizar, Manny não apenas se tornou uma voz para sua comunidade, mas também começou a arrecadar fundos para ajudar aqueles que foram afetados por operações de imigração. Sua iniciativa destaca o espírito de solidariedade presente entre os jovens, mesmo diante de adversidades tão desafiadoras. A coragem demonstrada em sua fala reflete a luta contínua por dignidade e respeito, uma luta que muitos ainda travam em silêncio.









