De acordo com o relato da vítima, o abuso teria acontecido após uma consulta espiritual em Águas Claras (DF), quando a jovem estava acompanhada da mãe, do irmão e do próprio líder religioso. A família decidiu passar a noite no terreiro, onde o crime teria sido cometido. A jovem afirmou que o pai de santo interrompeu o ato ao ouvir alguém chegando na casa, o que a deixou ainda mais abalada emocionalmente.
O trauma causado pelo abuso levou a jovem a desenvolver fobia social e a abandonar o terreiro onde frequentava. Ela revelou ter vivido com medo de encontrar o agressor em qualquer lugar que fosse, e o impacto psicológico da situação a fez repensar sua relação com a espiritualidade.
No dia seguinte ao abuso, a vítima enviou mensagens ao pai de santo, relatando seu estado emocional e o que havia ocorrido. Em resposta, o líder religioso afirmou não se lembrar dos fatos, mas pediu desculpas e implorou para que ela não registrasse uma ocorrência policial. A jovem se sentiu ainda mais fragilizada ao ouvir argumentos de culpa por parte do agressor, que a ameaçou com consequências caso ele fosse denunciado.
O caso está sob investigação da Polícia Civil do Distrito Federal como importunação sexual, e a comunidade local está em choque com as revelações. A jovem espera que a justiça seja feita e que seu testemunho ajude a prevenir que outros casos de abuso ocorram em ambientes religiosos. A denúncia corajosa da vítima é um passo importante para a conscientização e proteção de jovens vulneráveis em contextos espirituais.
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