De acordo com o delegado responsável pelo caso, o suspeito enrolou o corpo de Anna Luiza em um lençol, ainda sangrando, e o abandonou às margens de uma rodovia em Pirapora do Bom Jesus, São Paulo. A vítima, natural de Pão de Açúcar, interior de Alagoas, residia em São Paulo e estava desaparecida há 15 dias. O suspeito estava sob custódia policial havia cinco dias, até que confessou o crime e indicou o local onde havia ocultado o corpo da vítima, já em avançado estado de decomposição.
Segundo o delegado Marcelo do Prado, a vítima e o suspeito não se conheciam antes do ocorrido. O jovem alegou que contratou os serviços de uma garota de programa sem saber que era uma mulher transgênero. Alegando legítima defesa, ele afirmou que durante uma luta dentro do veículo, a vítima teria sacado um canivete e ele, em um momento de pânico, acabou golpeando-a no pescoço.
Após o crime, o suspeito se dirigiu a um motel no município vizinho, onde foi com o corpo já sem vida de Anna Luiza. Lá, ele se apoderou de um cobertor para enrolar o corpo da vítima antes de deixá-lo em Pirapora.
O suspeito, que foi preso pela polícia, confessou o crime somente após cinco dias de detenção. As evidências colhidas, como imagens de câmeras de segurança e registros telefônicos, apontam que ele foi a última pessoa a ter contato com a vítima. Agora, a polícia aguarda o resultado das perícias para confirmar a causa da morte e investigar se houve relação sexual entre o suspeito e a vítima, antes ou depois do assassinato.
Enquanto isso, a família de Anna Luiza está revoltada com o ocorrido. Durante uma visita à delegacia, houve uma confusão envolvendo o suspeito. Amigos e familiares lamentaram a morte da jovem, que era descrita como meiga e sorridente nas redes sociais.
O prefeito de Pão de Açúcar, Jorge Dantas, expressou profunda indignação e tristeza pela morte de Anna Luiza, classificando o crime como um ato de ódio e preconceito. A Secretaria de Assistência Social do município se colocou à disposição da família, que agora busca realizar o traslado do corpo da vítima.
O caso continua sendo investigado pela polícia, que espera obter mais informações por meio das perícias realizadas no veículo do suspeito e no corpo da vítima. A sociedade aguarda por justiça e reflexões sobre a importância de combater a violência e o preconceito contra a comunidade transgênero.