Davi Ramon da Silva Santos, diagnosticado com autismo de suporte 1 aos 20 anos, viu seu sonho de ingressar na faculdade de medicina ser frustrado após a banca biopsicossocial indeferir seu pedido de matrícula, mesmo após a apresentação de laudos elaborados por quatro profissionais especializados, incluindo neurologistas, neuropsicólogos e psicólogos.
A indignação não só do estudante, mas também de seus familiares e apoiadores, ganhou destaque na mídia local, com a cunhada de Davi, Jane Silva, detalhando todo o processo que o jovem está enfrentando para garantir seu direito à educação. Jane ressaltou que a avaliação feita pela banca durou apenas uma hora e que Davi já passou por profissionais especializados que confirmaram seu diagnóstico de autismo.
O recurso apresentado por Davi foi igualmente negado, o que o levou a entrar com uma ação na Justiça Federal, ainda pendente de julgamento. O estudante argumenta que a legislação brasileira reconhece o TEA como uma deficiência, independentemente do nível de suporte necessário, citando as Leis nº 12.764/2012 e nº 13.146/2015.
A luta de Davi não se resume apenas a garantir sua vaga no curso de medicina, mas também a combater a discriminação e o preconceito que muitas vezes afetam pessoas com deficiência. A batalha judicial em curso certamente levanta questões importantes sobre a inclusão e o respeito aos direitos das pessoas com autismo e outras deficiências no Brasil.