As escavações na necrópole, que nunca tinha sido estudada anteriormente, revelaram uma série de túmulos destinados à nobreza antiga, em vez de à população comum. Esse contexto sugere que os artefatos encontrados possuem grande relevância científica e histórica. Entre os itens descobertos estão fíbulas, brincos de ouro, fivelas de sapato e ornamentos decorativos feitos de folha de ouro, que provavelmente eram utilizados em vestuário.
De acordo com Valery Naumenko, decano da Faculdade de História da KFU, os enterros indicam claramente que pertenciam a aristocratas. Os achados incluem brincos incrustados com pedras preciosas, sendo que a maioria dos objetos apresentou um bom estado de conservação. Um dos brincos, por exemplo, foi restaurado após ter sido danificado. As fíbulas descobertas foram feitas de prata e cobertas com uma fina camada de ouro, adornadas com pedras vermelhas, o que aponta para um elaborado trabalho de joalheria da época.
Além disso, uma caixa de chifre utilizada para armazenar maquiagem também foi encontrada, assim como um prato de laca vermelha que, embora quebrado, foi quase totalmente restaurado. Os pesquisadores acreditam que os itens coletados possibilitam uma nova compreensão sobre as práticas funerárias e a vida social das elites da Crimeia antiquada.
Essas descobertas não só enriquecem o entendimento sobre a cultura e as tradições da época, mas também ressaltam a importância da pesquisa arqueológica na preservação do patrimônio histórico. A expectativa é que novas escavações possam revelar ainda mais peças e informações sobre a vida das mulheres nobres da Crimeia durante os séculos V e VI. Com isso, o legado dessa civilização antiga se torna cada vez mais acessível e compreensível para as novas gerações.