Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, João Gomes compartilhou seus sentimentos perplexos ao sair do local de gravação. “Na saída, eu estava com meu assessor, Claudio. A situação era bizarra. Assim que deixamos o estúdio, passou uma moto e percebemos que não era seguro voltar ao local. As pessoas começaram a pedir para a gente retornar. Nos contaram que os disparos começaram de repente. Meu Deus do céu!”, recordou com visível preocupação. Segundo ele, ao pegar as principais avenidas, a desolação era assustadora: “Era deserto, deserto, meu irmão. Que negócio do caramba. Que loucura, velho!”, completou.
Embora o vídeo original tenha sido retirado de suas redes horas após a postagem, João não hesitou em compartilhar outro registro, desta vez dentro do carro, onde mostra as ruas completamente vazias. Em uma mensagem simples, mas carregada de emoção, escreveu: “Que Deus tenha misericórdia. Que susto do caramba”.
A megaoperação, batizada de Operação Contenção, mobilizou aproximadamente 2.500 agentes e é considerada uma das mais letais da história do estado, contabilizando 64 mortos, incluindo quatro policiais. A ação visava combater a expansão de grupos criminosos, em particular o Comando Vermelho, e cumprir 100 mandados de prisão. Além das fatalidades, 81 pessoas foram detidas, e as forças policiais apreenderam 93 fuzis durante a operação.
O clima de incerteza e violência vivido por João Gomes revela um capítulo da realidade enfrentada por muitos moradores e artistas que circulam pelas áreas afetadas no Rio de Janeiro, além de suscitar reflexões sobre a segurança pública no Brasil.
