Javier Milei tem vitória importante ao restaurar economia da Argentina devastada pela crise em seu primeiro dia como presidente.

O novo presidente da Argentina, Javier Milei, teve um início vitorioso logo no primeiro dia de seu mandato, com uma série de medidas que visam restaurar a economia do país, devastada pela crise. As decisões de desvalorizar o peso e cortar o orçamento receberam uma recepção positiva tanto em Wall Street, onde operadores buscaram os bonds do país, quanto internamente, sem gerar pânico entre os compradores e investidores argentinos temerosos com a inflação.

O cenário promissor fez com que os argentinos mantivessem a crença de que o plano de Milei tem boas chances de ser bem-sucedido, apesar da crise econômica que o país enfrenta. Essa estabilidade demonstra a confiança da população na capacidade do novo presidente para controlar a inflação, que alcançou a marca de 160%.

Ainda que as medidas implementadas prometam alívio a longo prazo, muitos analistas e investidores alertaram para um possível exagero no otimismo em relação à recuperação econômica. Alejo Costa, estrategista-chefe do BTG Pactual em Buenos Aires, afirmou que é cedo para comemorar as taxas de câmbio mais apertadas, sugerindo uma possível reversão desse cenário no futuro.

A estratégia de Milei, que inclui a redução de subsídios aos transportes e à energia, enfrenta desafios significativos. A desvalorização do peso para 800 por dólar, de cerca de 365, e o corte de gastos do governo em 3% do PIB são medidas drásticas que prometem um período de incerteza e possíveis impactos negativos.

Entretanto, para muitos argentinos, esse é atualmente o melhor plano para normalizar a economia do país. O governo realizou reuniões com executivos de bancos locais em uma tentativa de proporcionar garantias, incluindo o acúmulo de reservas em dólares e a eliminação das restrições cambiais no futuro.

As declarações do presidente do banco central, Santiago Bausili, sobre respeito aos contratos e compromissos anteriores com os bancos também contribuíram para manter o peso estável em mercados alternativos, como o mercado de swap blue-chip.

A perspectiva é otimista, com a expectativa de que mais dólares fluam para o país em 2024, provenientes das exportações agrícolas e do investimento estrangeiro. No entanto, é cedo para concluir que o governo de Milei será capaz de levar a Argentina a uma recuperação sustentável.

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