Javier Milei assume a presidência da Argentina e lança pacote fiscal com 14 medidas para recuperação econômica.

O governo do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, que assumirá o cargo neste domingo, já está elaborando um pacote fiscal para tentar promover uma recuperação econômica no país. Segundo informações do jornal El Clarín, serão 14 medidas abrangentes que procuram abordar a crise econômica que assola a Argentina, incluindo cortes de gastos, liberalização dos preços dos combustíveis e planos de saúde, desvalorização do peso e privatizações.

Uma das metas prioritárias é alcançar o déficit fiscal zero até 2024. O pacote, que deve ser lançado na próxima segunda-feira, ainda está passando por revisões e ajustes finais. Dentre as principais medidas, estão previstas a proibição ao Banco Central de emitir moeda para financiar o Tesouro, a retirada gradual dos subsídios às tarifas, a suspensão de contribuições não reembolsáveis aos estados e a transferência da dívida das Leliqs para o Tesouro Nacional.

Além disso, outras medidas visam congelar os gastos do Orçamento de 2023, liberar os preços de combustíveis e planos de saúde, ajustar os salários públicos à nova pauta orçamentária congelada e transformar empresas públicas em sociedades anônimas para facilitar sua venda. Estima-se que o pacote implicará um corte de 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB), totalizando um ajuste de US$ 25 bilhões.

A desvalorização do peso e a fixação do dólar comercial em torno de 600 pesos também estão entre as medidas propostas. A mudança no câmbio oficial tem como objetivo reduzir o número de cotações distintas do dólar, buscando estabilizar a economia e evitar especulações no mercado informal.

Paralelamente ao ajuste fiscal, o governo argentino enfrentará o desafio de renegociar o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). No entanto, até o momento, não houve avanços nas conversas, e no dia 29 de dezembro vence uma parcela do empréstimo de US$ 1,7 bilhão.

O novo presidente eleito, Javier Milei, tem o desafio de lidar com a crise econômica que assola a Argentina, incluindo problemas como a inflação acima de 130% em 12 meses, escassez de dólares e contas públicas desequilibradas. A implementação do pacote fiscal e as negociações com o FMI serão cruciais para definir os rumos da economia argentina nos próximos anos. Portanto, a expectativa em torno das medidas anunciadas é grande, e os desafios que Milei enfrentará em sua gestão serão intensos e decisivos para o futuro do país. Essas mudanças indicam um grande desafio para o novo governo e a economia do país.

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