Japão realiza seu primeiro teste de míssil em território nacional, apesar de protestos locais e preocupações com a segurança, segundo a mídia.



O Japão acaba de realizar um evento marcante em sua história militar ao conduzir seu primeiro teste de míssil em território nacional. A Força de Autodefesa Terrestre Japonesa (GSDF) despachou um míssil terrestre, o Type 88, durante um treinamento no campo de tiro antiaéreo de Shizunai, localizado na ilha de Hokkaido. Este exercício, que ocorreu em 24 de junho de 2025, representa um passo significativo em um contexto onde as atividades militares do país geralmente ocorrem fora de suas fronteiras, devido ao alcance limitado do Type 88, que é de cerca de 100 quilômetros.

A escolha de Hokkaido, uma área próxima à Rússia, suscitou preocupações entre moradores e manifestantes locais. Muitos expressaram temor de que este teste pudesse estabelecer um precedente para a normalização de exercícios militares mais frequentes e abrangentes em solo japonês, algo que é considerado inaceitável para parte da população. As vozes de protesto ecoaram pelas ruas, ressaltando a ansiedade em relação a possíveis implicações geopolíticas.

O teste é parte de um extenso programa de preparação que inclui também o novo míssil Type 12, cuja versão atualizada está sendo desenvolvida e promete um alcance ampliado de até 1.000 quilômetros. Este desenvolvimento é considerado estratégico em um cenário internacional volátil, especialmente com a crescente tensão nas relações com a Rússia. No entanto, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia já reagiu, caracterizando os exercícios planeados pelo Japão como uma ameaça à segurança nacional.

Ainda está programado outro teste de tiro real antes que o treinamento em Hokkaido se conclua, no dia 29 de junho. Essa movimentação militar demonstra a determinação do Japão em fortalecer suas capacidades defensivas, ao mesmo tempo em que lida com complexas dinâmicas políticas e sociais em sua região. O futuro das atividades militares no Japão e a resposta interna e externa a elas permanecem em foco de interesse, tanto para analistas quanto para a população local.

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