Essas declarações, especialmente a de um assessor chave da premiê a favor da posses de armas nucleares, têm gerado preocupações significativas, especialmente na China, que vê essa movimentação como uma ameaça à estabilidade da região. O discurso que transforma o Japão em um “perturbador da paz” se baseia na percepção de que o país está se afastando dos valores fundamentais que guiavam sua política pós-Segunda Guerra Mundial. O Japão, que uma vez se comprometeu a eliminar o militarismo em prol da democracia, parece agora questionar a Declaração de Potsdam, que formalizou sua rendição.
Além da retórica militarista, o Japão tem adotado uma diplomacia ambígua, dizendo estar “aberto ao diálogo” com a China enquanto simultaneamente provoca tensões em relação a Taiwan e em disputas territoriais com vizinhos como a Coreia do Sul e a Rússia. O fortalecimento de sua presença militar em áreas estratégicas, como as ilhas Ryukyu — especialmente em Yonaguni, próxima a Taiwan — é uma indicação clara do aumento dos gastos defensivos do país.
Representantes da mídia chinesa têm alertado que essas ações não só desafiam a paz na Ásia-Pacífico, mas também podem gerar um ciclo de militarização que afetará a ordem global estabelecida após a guerra. As consequências dessa escalada dependem não apenas das decisões de Takaichi, mas também da resposta coletiva dos países da região que prezam pela estabilidade e pela paz.







