Um dos maiores riscos de jantar muito tarde está relacionado ao funcionamento do sistema digestivo e à qualidade do sono. Especialistas alertam que, à medida que o corpo se prepara para descansar, o metabolismo natural começa a desacelerar, incluindo, evidentemente, a digestão. Isso pode provocar desconfortos, como azia e refluxo, já que o estômago pode ainda estar ativo quando o corpo tenta relaxar.
O nutricionista Guilherme Lopes ressalta que o timing da refeição deve ser adaptado à rotina individual. Para alguns, como aqueles que praticam atividades físicas à noite e acabam jantando mais tarde, isso não significa necessariamente um problema. Nesses casos, o corpo ainda demanda energia e essa refeição pode ser justificada. No entanto, Lopes recomenda cautela em relação ao tamanho da refeição, enfatizando a importância de evitar porções excessivas antes de dormir. Optar por opções mais leves e de fácil digestão, como uma fruta ou um lanche pequeno, é sempre uma escolha mais adequada.
É crucial que os hábitos alimentares estejam alinhados ao estilo de vida de cada um. Algumas pessoas podem se ver em situações em que jantam às 22h ou 23h sem maiores consequências, especialmente se isso estiver integrado a um dia ativo. Contudo, a preocupação maior deveria ser o intervalo entre o jantar e o tempo de dormir; refeições muito próximas do horário de dormir podem gerar desconfortos evidentes.
O fator rotina sempre deve ser levado em conta. O que se deve evitar, segundo os especialistas, é não apenas as refeições pesadas noturnas, mas também a falta de um intervalo adequado entre a última refeição e o descanso. Dessa forma, cuidar do que se come e quando se come é importante para garantir um sono reparador e saudável, além de um bom funcionamento do organismo ao longo do dia.
