O conceito de um buraco negro de colapso direto sugere que esse tipo de buraco negro se forma a partir de uma densa nuvem de gás e poeira, em vez de resultar da morte de uma estrela, como tradicionalmente se pensava. Essa nova teoria desafia os paradigmas existentes, que afirmavam que os buracos negros supermassivos se desenvolviam por meio de fusões sucessivas de buracos menores, um processo que levaria bilhões de anos.
O nome “Galáxia do Infinito” provém de sua estrutura que se assemelha ao próprio símbolo do infinito, composta de dois lóbulos vermelhos que representam os núcleos galácticos, resultantes da colisão entre dois discos galácticos. O notável esta formado por um buraco negro que reside entre os dois núcleos, em um ambiente rico em gás, que agora é objeto de intensa pesquisa.
A descoberta foi parte de um projeto maior chamado COSMOS-Web, que envolveu 255 horas de observação. Nesse contexto, foram identificados três buracos negros ativos dentro do sistema, incluindo o buraco negro de colapso direto, que despertou a curiosidade da comunidade científica. Pieter van Dokkum, líder da pesquisa da Universidade de Yale, expressou sua surpresa ao encontrar um buraco negro supermassivo fora dos núcleos galácticos.
As implicações de tal descoberta são imensas. Ela pode oferecer respostas sobre a existência de buracos negros supermassivos que já existiam apenas 500 milhões de anos após o Big Bang. Isso sugere a possibilidade de uma formação local desse buraco negro, cujo crescimento é evidenciado pela intensa emissão de raios X e rádio ao seu redor.
A pesquisa sobre este buraco negro continua, com os cientistas planejando medir a velocidade do gás ao redor para confirmar a hipótese de sua formação local. Essa nova compreensão poderá não só esclarecer a natureza dos buracos negros, mas também jogar luz sobre o desenvolvimento das galáxias no universo primordial.
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