Jair Bolsonaro é preso preventivamente por determinação da Polícia Federal em meio a investigações sobre supostas ações golpistas e descumprimento de medidas judiciais.

No início da manhã de 22 de novembro de 2025, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso preventivamente, em cumprimento a um pedido expedido pela Polícia Federal. A detenção ocorreu às 6h, com Bolsonaro sendo conduzido à Superintendência da Polícia Federal, onde permanecerá em uma sala especial destinada a autoridades. A medida, segundo a Polícia Federal, é de caráter preventivo, visando garantir a ordem pública, e não representa um cumprimento de pena.

Este novo desdobramento ocorre em um momento delicado para Bolsonaro, que, até então, estava sob prisão domiciliar devido a uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A defesa do ex-presidente havia solicitado, na véspera de sua prisão, que a pena referente a uma condenação por envolvimento em uma suposta trama golpista fosse cumprida em regime domiciliar, apresentando laudos médicos que justificavam a concessão.

Os advogados de Bolsonaro argumentaram que seu estado de saúde e fatores humanitários deveriam ser considerados, evitando sua transferência para um ambiente de prisão comum. No entanto, um levantamento das suas ações durante o período em que estava sob prisão domiciliar indicou violações de medidas cautelares. Moraes destacou que Bolsonaro utilizou redes sociais de aliados, incluindo de seus filhos que ocupam cargos parlamentares, para incitar ataques ao STF e até sugerir a intervenção de forças estrangeiras no Judiciário brasileiro.

Com uma condenação de 27 anos e 3 meses de prisão a ser cumprida, o ex-presidente ainda aguarda a decisão da Primeira Turma do STF sobre os embargos interpostos por sua defesa. A situação de Bolsonaro se torna cada vez mais complexa à medida que novas informações sobre suas ações e possíveis violações da lei emergem. O futuro político e legal do ex-presidente continua incerto, à medida que movimentos judiciais se desenrolam no país. O desfecho desse caso pode ter implicações significativas tanto para Bolsonaro quanto para as instituições políticas brasileiras.

Sair da versão mobile