A sessão foi conduzida por um juiz auxiliar ligado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, que não participou diretamente do ato. A audiência teve um caráter formal, focando na verificação das condições em que Bolsonaro se apresentava, na confirmação de que seus direitos haviam sido comunicados e no registro de possíveis manifestações da defesa. No momento, o ex-presidente permanece em prisão preventiva na Superintendência da Polícia Federal, localizada no Distrito Federal.
Os registros da audiência não serão tornados públicos, apenas a ata oficial será incorporada ao processo que resultou na detenção de Bolsonaro, sendo uma cópia também enviada ao tribunal responsável pela chamada “AP 2668”, processo no qual o ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses pela sua participação em atos considerados golpistas.
Vale mencionar que a situação ocorre em um dia crucial, pois é o prazo final para que a defesa de Bolsonaro apresente justificativas sobre a violação da tornozeleira eletrônica. Os advogados têm até as 16h30 para submeter suas explicações. Um relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do DF revelou sinais de queimadura e manuseio no dispositivo, com Bolsonaro admitindo ter utilizado um ferro de solda na tentativa de abri-lo. Esse ato se tornou um dos argumentos centrais utilizados pelo ministro Alexandre de Moraes para justificar a prisão preventiva, junto com a preocupação com uma possível fuga para a Embaixada dos Estados Unidos e o risco de tumultos em decorrência de uma vigília convocada por Flávio Bolsonaro.
Adicionalmente, a tornozeleira eletrônica será submetida à análise do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, que realizará exames técnicos para detectar vestígios de danos, ferramentas utilizadas e eventuais interferências em seu funcionamento. O caso continua a suscitar debates acalorados e a atenção do público, dada a importância dos desdobramentos legais que envolvem um ex-chefe de Estado.









