Jacarta afunda a níveis alarmantes: será cidade submersa em 30 anos? Novo capital da Indonésia busca escape para crise geológica.

A Indonésia inaugurou recentemente sua nova capital, Nusantara, em meio a uma densa floresta tropical. O projeto ambicioso de infraestrutura foi enaltecido pelo presidente Joko Widdo como um símbolo do crescimento econômico do país, com a expectativa de um crescimento acima de 5% entre 2024 e 2026, conforme o Banco Mundial.

No entanto, apesar das projeções otimistas, a nova capital se assemelha mais a um gigantesco canteiro de obras, que começou há menos de dois anos. Segundo a imprensa internacional, estima-se que Nusantara só estará plenamente operacional na década de 2040. Mas por que tanta pressa em construir uma nova capital?

A resposta surpreendente está na antiga capital da Indonésia, Jacarta, que está afundando a uma velocidade alarmante. O fenômeno geológico conhecido como subsidência já afetou 40% da cidade, que se encontra abaixo do nível do mar. Esse afundamento do solo tem gerado inundações crônicas na megalópole, dificultando a drenagem da água e aumentando o contato da população com águas contaminadas e doenças.

Estudos realizados sobre o afundamento de Jacarta entre 1982 e 2011 mostraram que a cidade afundava em média 7,5 centímetros por ano, a maior taxa do mundo nesse período. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Bandung alertam que até 95% da região norte de Jacarta pode estar completamente submersa em 30 anos, se a tendência de afundamento se mantiver.

Diante desse cenário alarmante, a Indonésia decidiu iniciar a construção de sua nova capital para garantir a segurança e estabilidade de sua sede política e administrativa. O mundo assiste, atônito, à transformação de Jacarta em uma cidade que pode desaparecer nas próximas décadas, enquanto surge uma nova capital promissora no horizonte indonésio.

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