IX Fórum Perinatal de Alagoas capacita profissionais para atendimento humanizado à população LGBTQIAPN+ durante o processo de gestação

Nesta sexta-feira, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) realizou o IX Fórum Perinatal de Alagoas, com o objetivo de promover um espaço de diálogo e colaboração para a criação de conhecimento coletivo e educação em saúde sobre a homotransparentalidade e políticas públicas LGBTQIAPN+.

O encontro, destinado aos profissionais e gestores de saúde envolvidos com o cuidado materno e infantil, aconteceu no palácio República dos Palmares, situado no Centro de Maceió. Durante o evento, os participantes acompanharam palestras ministradas pelo psicólogo Cauê Assis, pelo assessor técnico das políticas de equidade da Sesau, Marcos Paulo, e pela assessora técnica da Rede Cegonha, Bárbara Rose.

A assessora técnica da Rede Cegonha da Sesau, a fisioterapeuta Bárbara Rose, destacou a importância da capacitação para garantir um atendimento qualificado e humanizado a esse público. Segundo ela, “estamos hoje aqui a fim de sensibilizar os profissionais para um acolhimento e atendimento adequado à população LGBTQIAPN+ que passa pelo processo de gestação, com o intuito de que todos possam construir a sua família e possam ser recebidos de forma humanizada nas unidades assistenciais”.

Outro ponto destacado durante o fórum foi a definição de homotransparentalidade de acordo com o Manual de Comunicação do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), que é a família em cuja composição existe ao menos uma pessoa que vivencie a orientação homossexual ou identidade de gênero trans.

A enfermeira da Clínica da Família do Jacintinho, Renata Almeida, ressaltou a importância da capacitação para implementar ações que qualifiquem ainda mais a assistência aos pacientes. De acordo com ela, “é imprescindível termos um fluxo de acolhimento adequado para os nossos pacientes homens trans que têm interesse em exercer a parentalidade. Esse momento faz a gente refletir que é necessário implementar políticas públicas que tenham a inclusão dessa diversidade de gênero”.

Além das palestras, o fórum também contou com a participação de enfermeiros, médicos e demais profissionais da área de saúde, que enxergaram na capacitação a oportunidade de adquirir conhecimentos essenciais para promover um atendimento inclusivo e acolhedor a todos os públicos, de acordo com o novo cenário social.

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