Em resposta à tragédia, o governo brasileiro emitiu uma nota oficial, destacando a urgência de uma investigação independente e transparente nas causas do óbito, em conformidade com as obrigações internacionais de Israel. O documento enfatiza que os resultados dessa investigação devem ser divulgados de forma ampla para esclarecer os fatos e apaziguar a situação. O Escritório de Representação do Brasil em Ramala já está em contato com a família de Walid, oferecendo a devida assistência consular e manifestando condolências aos seus entes queridos.
Além da indignação pela morte do jovem, o Itamaraty também manifestou preocupação com o destino de outros brasileiros. A nota oficial revela que atualmente, 11 cidadãos brasileiros permanecem detidos em Israel, muitos sem acusação formal ou julgamento. Essa situação é considerada uma clara violação do Direito Internacional Humanitário, reforçando as tensões nas relações bilaterais entre Brasil e Israel.
Recentemente, o Brasil se encontra em uma fase diplomática delicada, sem um embaixador em Israel há dois meses. Desde janeiro, o governo brasileiro tem retido a aprovação para a nomeação de Gali Dagan, ex-chefe da diplomacia israelense na Colômbia, como novo embaixador em Brasília. Isso reflete uma resistência significativa à sua nomeação, coincidente com uma postura critica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação às ações israelenses na Faixa de Gaza, onde as hostilidades resultaram na morte de quase 50 mil pessoas.
Essa sequência de eventos e declarações sugere um afastamento nas relações Brasil-Israel e evidencia a pressão da comunidade internacional junto ao governo brasileiro para que intervenha em nome dos direitos humanos e do bem-estar de seus cidadãos. A luta pela justiça para Walid e a situação dos demais brasileiros detidos estão longe de serem resolvidas, enquanto o Brasil se posiciona como um defensor dos direitos humanitários em um cenário complexo e sensível.