Essa decisão não surgiu do acaso. As autoridades brasileiras vêm se empenhando em longas negociações com Washington nas últimas semanas. Em um documento enviado ao Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) no início deste mês, o Itamaraty havia solicitado a retirada integral das tarifas, classificadas como um obstáculo prejudicial ao comércio bilateral. A reação positiva de Washington é encarada como um marco relevante, uma espécie de “vitória” para a diplomacia econômica do governo Lula, que havia pressionado a administração anterior a reverter o aumento tarifário imposto no início do governo Trump.
O impacto da suspensão das tarifas deverá se fazer sentir em setores estratégicos da economia brasileira. Empresas do ramo do aço e do alumínio, além de agroindústrias e manufaturados de médio valor agregado, são esperadas para colher os benefícios dessa normalização nas condições de exportação. Com a redução das barreiras comerciais, o Brasil pode esperar um aumento nas vendas de produtos para o mercado norte-americano, o que reflete um avanço nas relações comerciais entre os dois países.
Esse movimento não apenas sinaliza uma possível melhoria nas relações bilaterais, mas também pode incentivar novas oportunidades de investimento e, consequentemente, um fortalecimento da economia brasileira. A esperança é que, com a aproximação entre os dois países, uma era de maior cooperação comercial se inicie, beneficiando ambos os lados. As próximas semanas poderão trazer desenvolvimentos favoráveis e positivas para o comércio exterior do Brasil, sinalizando uma nova etapa nas relações entre as duas nações.
