As interceptações ocorreram, em grande parte, na fronteira norte de Israel, onde os veículos aéreos não tripulados (VANTs) do Hezbollah eram uma preocupação constante. O novo batalhão de defesa aérea tática da Força Aérea Israelense foi responsável por essas ações, operando sob o Comando Norte das Forças de Defesa de Israel (FDI). Embora o Ministério da Defesa não tenha revelado detalhes precisos sobre os sistemas utilizados, confirmou que o famoso Iron Beam (Raio de Ferro) não esteve presente nas operações.
Entre os sistemas mencionados, destaca-se o Lite Beam, desenvolvido pela Rafael, uma das principais empresas do setor de defesa em Israel. Este sistema de armas a laser de alta energia possui uma potência de 10 kW, projetado especificamente para neutralizar ameaças aéreas de baixa altitude, como pequenos drones e grupos deles, além de potencialmente atacar alvos terrestres. O Lite Beam é flexível e pode ser instalado em veículos leves blindados, tendo a capacidade de atingir múltiplos alvos simultaneamente a distâncias de vários quilômetros.
Outra inovação mencionada foi o Iron Beam-M, uma versão mais móvel do sistema original, que oferece maior facilidade de transporte e operação em diferentes terrenos, mantendo robustas capacidades de defesa.
A adoção desses sistemas a laser marca um ponto de virada na estratégia de defesa de Israel, representando uma alternativa mais econômica e precisa em comparação aos interceptadores tradicionais. A experiência adquirida nessas operações em Gaza poderá desencadear um maior uso de armas de energia dirigida em conflitos futuros, além de reconfigurar a dinâmica das defesas aéreas em cenários de combate moderno.
O panorama atual sugere que Israel está na vanguarda na implementação de tecnologias de defesa inovadoras, um movimento que poderá influenciar na forma como guerras são travadas nos próximos anos. Essa evolução tecnológica, conforme se desenvolve, traz à tona questões éticas e estratégicas que merecem atenção global.