O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, declarou que a agressão israelense não deve ser tratada com desprezo, mas também não elaborou de forma exagerada. Em suas palavras, Khamenei enfatizou a necessidade de uma resposta adequada ao que chamou de “mal” perpetrado pelo regime sionista, ressaltando que as autoridades iranianas devem determinar a melhor forma de demonstrar a força do país. Ele sublinhou que a resposta deve ser alinhada com os interesses da nação e do povo iraniano.
Após o ataque aéreo de Israel, o governo iraniano minimizou os danos, afirmando que os bombardeios resultaram em estragos limitados. Contudo, em um comunicado oficial, mencionou que as aeronaves israelenses dispararam mísseis a partir do espaço aéreo do Iraque, levantando preocupações sobre violações da soberania iraquiana e a implicação do envolvimento americano na situação. Segundo o Irã, os mísseis foram lançados a aproximadamente 100 km de distância da fronteira iraniana, e as ogivas lançadas eram de um quinto do peso das cabeças das armas iranianas.
A resposta inicial de Teerã foi de moderação. Relatos indicavam que, por meio de um intermediário, o Irã transmitiu a mensagem a Israel de que não teria planos imediatos de retaliação. Porém, essa posição parece ter mudado, com Mohammad Baqer Qalibaf, presidente do Parlamento iraniano, afirmando que a República Islâmica irá, sem dúvida, reagir ao ataque que resultou na morte de quatro militares iranianos.
O cenário continua tenso, e a utilização do espaço aéreo iraquiano por aviões de guerra israelenses poderá trazer repercussões não apenas nas relações de Israel e Irã, mas também nas dinâmicas de poder no Oriente Médio, principalmente em um contexto onde a presença militar dos EUA é amplamente debatida. A situação exige atenção cuidadosa, já que a qualquer momento um novo desdobramento pode impactar a estabilidade regional e intensificar o conflito entre as nações envolvidas.