Israel Rejeita Reconhecimento da Palestina e Promete Continuar Assentamentos na Cisjordânia, Chamando Medida de “Recompensa ao Terrorismo”

Em meio a crescentes tensões diplomáticas, o governo israelense expressou veementemente sua oposição ao recente reconhecimento do Estado da Palestina por parte do Reino Unido, Canadá e Austrália. O anúncio, realizado no último domingo (21), foi recebido com descontentamento por autoridades israelenses, que afirmaram que tais ações podem minar as possibilidades de uma solução pacífica no Oriente Médio.

Em um comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores de Israel argumentou que o reconhecimento unilateral não apenas desestabiliza a região, mas também enfraquece as condições para futuras negociações de paz. A declaração enfatizou que iniciativas desse tipo, na visão de Tel Aviv, não promovem um diálogo construtivo, mas alimentam a instabilidade. “Israel rejeita categoricamente a declaração unilateral de reconhecimento do Estado Palestino”, informou o ministério, sublinhando que a paz é um objetivo que deve ser alcançado por meio de negociações bilaterais e não por intervenções externas.

A reação negativa de Israel ocorreu em um contexto onde o debate sobre a legitimidade do reconhecimento da Palestina tem se intensificado. O anúncio feito pelas três nações ocorre em um momento crucial, à medida que a Assembleia Geral das Nações Unidas se aproxima, marcada para o próximo dia 22 de setembro em Nova York. A informação foi corroborada por um assessor do presidente francês, Emmanuel Macron, que indicou que até dez países, incluindo a França, poderiam seguir o exemplo dos primeiros mencionados.

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, foi incisivo em sua crítica, descrevendo o reconhecimento como uma “enorme recompensa ao terrorismo”. Ele deixou claro que a criação de um Estado palestino na área a oeste do Rio Jordão não é uma possibilidade a ser considerada em sua administração. “Ao longo dos anos, temos impedido a formação deste Estado terrorista, e seguiremos a construir assentamentos na Cisjordânia, mesmo diante de pressões”, disse Netanyahu, ressaltando a importância de manter uma política de assentamento na região.

Assim, as declarações de reconhecimento da Palestina por parte de países ocidentais encontram uma forte resistência em Israel, o que torna as perspectivas de um diálogo pacífico cada vez mais distantes, enquanto as tensões política e territorial persistem.

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