A Guarda Revolucionária, uma força armada criada após a Revolução Islâmica de 1979, separa-se das forças convencionais do país e possui suas próprias estruturas, incluindo unidades navais e aéreas. Esta organização tem sido alvo de críticas e sanções internacionais, especialmente dos Estados Unidos, que a acusam de ligações com grupos considerados terroristas, como Hamas e Hezbollah.
Além de Salami, outros altos oficiais também perderam a vida nos ataques: Gholam-Ali Rashid, comandante estratégico das Forças Armadas; Dr. Mohammad Tehranchi, supervisor do polêmico projeto de desenvolvimento de armas nucleares do Irã; e Fereydoon Abbasi, ex-chefe da Organização de Energia Atômica. A morte desses líderes intensifica as tensões entre os dois países e aponta para a seriedade das hostilidades em curso.
A operação militar israelense, que começou após meses de crescente tensão e ameaças mútuas, foi classificada pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) como um ataque “preventivo”. Segundo as autoridades israelenses, os alvos dos bombardeios incluíram várias instalações nucleares em diferentes regiões do Irã. As FDI deixaram claro que essa intervenção poderia ser apenas o primeiro passo de uma campanha mais ampla contra o programa nuclear iraniano, resultando em um ataque coordenado por dezenas de jatos.
Como resposta à escalada da violência, Israel declarou estado de emergência e fechou seu espaço aéreo, antecipando possíveis represálias por parte do Irã. O governo iraniano já havia manifestado sua disposição de retaliar qualquer ofensiva contra seu território, o que inclui possíveis ataques direcionados não apenas a alvos israelenses, mas também a bases militares dos EUA na região.
A crescente instabilidade e o ciclo contínuo de ataques e retaliações indicam que o Oriente Médio pode estar à beira de um conflito ainda mais amplo, com repercussões significativas para a segurança regional e global.