Na segunda-feira, o sul de Gaza foi alvo de bombardeios por parte das tropas israelenses, incluindo a principal cidade de Khan Yunis e Rafah, na fronteira com o Egito. Segundo testemunhas, dezenas de milhares de pessoas procuraram refúgio na área em busca de segurança. A ofensiva iniciou em 7 de outubro, após o ataque do Hamas que resultou em 1.200 mortos, 240 sequestros e uma devastação significativa em Gaza, de acordo com o governo de Israel.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmam que estão próximas de ocupar os últimos redutos do Hamas, enquanto o comandante do Exército israelense garante que suas tropas estão assegurando avanços na Faixa de Gaza. A situação é considerada crítica pelas Nações Unidas, que contabilizam 1,9 milhão de deslocados em uma população total de 2,4 milhões, metade dos quais são crianças.
A devastação na região é tão intensa que o chefe da diplomacia europeia comparou a situação à destruição da Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. A infraestrutura de saúde está devastada, com a metade dos hospitais de Gaza inoperantes, e a falta de suprimentos básicos como água, energia elétrica, pão e leite é uma realidade para os habitantes da região.
Diante da crescente pressão internacional para proteger os civis, Israel anunciou na segunda-feira que abriria mais dois postos de controle para fornecer mais ajuda humanitária à Faixa de Gaza, embora sem autorização para abrir novas passagens de fronteira. Enquanto isso, o governo dos Estados Unidos – membro permanente do Conselho de Segurança – vetou a aprovação de uma resolução pedindo um cessar-fogo em Gaza, o que aumenta a tensão na região.
A guerra na Faixa de Gaza elevou o receio de que o conflito possa se espalhar pela região, com ataques de grupos apoiados pelo Irã contra tropas americanas e aliadas no Iraque e na Síria, além de confrontos diários na fronteira de Israel com o Líbano. A situação continua a ser acompanhada de perto pela comunidade internacional, que busca uma solução para a crise humanitária em curso.