Na quinta-feira, Macron anunciou que a França reconheceria oficialmente o Estado da Palestina, avanço que está alinhado com os compromissos franceses de longo prazo em relação à autodeterminação palestina. Um diplomata francês, que preferiu manter seu nome em sigilo, confirmou que Israel estava em uma campanha intensa para obstruir esta decisão, utilizando o intercâmbio de dados de inteligência como uma ameaça principal. Esse tipo de pressão revela a complexidade das relações internacionais no Oriente Médio, onde decisões de um país podem desencadear reações de outros em uma rede de alianças e conflitos.
As autoridades francesas argumentam que a decisão de Netanyahu de agir na Cisjordânia não dependerá do reconhecimento francês. Isso demonstra uma tentativa de Paris de se afirmar de maneira independente em relação às pressões israelenses. Além disso, o governo francês tem buscado alianças com outras nações que ainda não reconheceram a Palestina, incentivando-as a apoiar sua iniciativa em setembro.
Entretanto, os esforços de Macron não foram recebidos da mesma forma em todos os lugares. Tentativas de persuadir o Reino Unido e o Canadá a se juntarem a esta causa ainda não obtiveram sucesso, destacando a dificuldade de se construir um consenso internacional sobre a questão palestina.
Essa situação ressalta a urgência e a complexidade do tema, que envolve não apenas questões políticas, mas também aspectos históricos e humanitários, refletindo as tensões persistentes na região e a necessidade de uma abordagem diplomática firme e consistente. Assim, a decisão da França pode ser vista como parte de uma estratégia mais ampla para buscar um equilíbrio na política internacional em relação a Israel e Palestina.