As operações de resgate estão em andamento, mas enfrentam sérias dificuldades devido à continuidade dos ataques aéreos. Equipes de socorro relataram que os trabalhos de busca por possíveis sobreviventes estão sendo limitados pela instabilidade e os escombros deixados pelos bombardeios. Os números de mortos, segundo fontes locais, ainda podem aumentar à medida que novos dados emergem das áreas afetadas.
Simultaneamente, o parlamento israelense, conhecido como Knesset, aprovou uma polêmica proposta de lei que visa proibir as atividades da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) em território israelense. A votação, que foi finalizada com uma ampla maioria de 92 votos a favor e apenas 10 contra, é justificada por alegações de que alguns funcionários da UNRWA têm ligações com o movimento Hamas. Essa decisão já gerou reações internacionais, com países como Canadá, Alemanha e Reino Unido manifestando preocupações sobre a restrição da atuação da UNRWA.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou sua preocupação em uma carta endereçada ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sublinhando que a proposta contraria as obrigações internacionais de Israel e a própria Carta da ONU. Guterres, que foi declarado persona non grata por Israel devido a sua postura sobre o conflito, destacava a necessidade de proteção humanitária em meio à crise.
Este ataque no Líbano e as novas legislações em Israel ocorrem em um contexto de crescente tensão na região. Desde октubro, a escalada de violência em Gaza, que já resultou em mais de 43 mil mortos, tem gerado um clima de incerteza sobre a estabilidade regional, com o recente aumento das hostilidades envolvendo o Hezbollah, grupo político e militar libanês. As implicações dessa violência prolongada suscitam preocupações sobre uma possível guerra total no Oriente Médio, à medida que nations se mobilizam e as vulnerabilidades civis se ampliam.