Israel e Hamas Assinam Acordo de Cessar-Fogo, Mas Tensão Continua com Ataques em Gaza

Cessar-fogo entre Israel e Hamas é anunciado em meio a tensões contínuas

Em um desenvolvimento significativo nas tensões que vêm perdurando por mais de dois anos, o Exército de Israel expressou otimismo a respeito da assinatura de um acordo de cessar-fogo com o Hamas, conforme anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na última quarta-feira, 8 de outubro. Apesar da esperança gerada pelo acordo, o Chefe de Gabinete do Exército, Eyal Zamir, fez questão de instruir as tropas a manterem uma postura defensiva sólida, assegurando que estão preparadas para enfrentar qualquer cenário, o que indica um clima de cautela mesmo em meio à perspectiva de paz.

Além disso, o Chefe do Estado-Maior Geral ordenou que as forças israelenses se preparassem para uma possível operação de resgate de reféns, enfatizando a importância de agir com sensibilidade e profissionalismo. Esse aspecto do acordo reflete as complexidades emocionais e estratégicas que cercam o conflito.

Embora o acordo tenha sido recebido com aparente alívio, os combates não cessaram imediatamente. Relatos indicam que aeronaves israelenses realizaram ataques aéreos em áreas ocidentais da Cidade de Gaza, atingindo residências e danificando um veículo blindado carregado de explosivos. Apesar das operações militares, não houve relatos de vítimas até o momento, o que levanta questionamentos sobre a efetividade do cessar-fogo.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rapidamente se manifestou após o anúncio do presidente Trump, celebrando o que ele chamou de “um grande dia para Israel”. Netanyahu expressou gratidão a Trump, destacando a importância da libertação dos reféns como uma missão sagrada. Em suas palavras, “Com a ajuda de Deus, traremos todos para casa”, reiterando seu compromisso de convencer o governo israelense a aprovar o acordo.

Por sua vez, o Hamas também divulgou uma declaração, afirmando que está disposto a libertar todos os prisioneiros israelenses, reiterando sua resistência em não abandonar os direitos do povo palestino. O acordo, que conta com a mediação de Catar, Egito e Turquia, é composto por 20 pontos que visam estabelecer as bases para o fim do conflito.

O cenário atual é marcado por um histórico de perdas significativas, com mais de 67 mil palestinos mortos e 170 mil feridos desde o início do conflito. Do lado israelense, o número de mortos é estimado em 1.665, incluindo um alto número nas primeiras horas do ataque do Hamas a Israel. Atualmente, cerca de 48 reféns ainda permanecem em Gaza, com a esperança de que a nova fase de negociações possa trazer uma resolução duradoura para essa amarga disputa.

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