Israel é cobrado por ONU a resolver crise humanitária e fome alarmante na Faixa de Gaza onde centenas já morreram por desnutrição.

O comissário-geral da Agência da ONU de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente (UNRWA), Philippe Lazzarini, emitiu um apelo contundente neste sábado (23), exigindo que as autoridades israelenses assumam a responsabilidade pela grave crise humanitária que se desenrola na Faixa de Gaza. Lazzarini utilizou suas redes sociais para pressionar o governo de Israel a encontrar uma solução viável para a situação alarmante que afeta milhões de palestinos, indicando que a fome é uma questão crítica que se agravou nas últimas semanas.

Em sua mensagem, o comissário alertou que é imperativo que o governo israelense reconheça a realidade da fome que predomina em Gaza. “É hora de parar de negar a fome que criou em Gaza. Todos os que têm influência devem agir com determinação e senso de dever moral. Cada hora conta”, enfatizou Lazzarini, lançando um apelo por ações imediatas.

Um relatório recente do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) revelou estatísticas alarmantes sobre a fome na região. A cada seis horas, um palestino perece devido à desnutrição, totalizando 204 mortes desde julho, entre as quais 51 são crianças. Esses números expõem a gravidade da crise que prevalece no território e a necessidade urgente de uma resposta eficaz.

Dados do Ministério da Saúde de Gaza complementam essa realidade desoladora, revelando que, entre outubro de 2023 e 20 de agosto de 2025, 269 palestinos morreram por falta de alimentos, incluindo 112 crianças menores de idade. O agravamento da crise alimentar nos últimos 50 dias resultou em um aumento alarmante no número de crianças que buscam tratamento em hospitais. Em julho, mais de 13 mil crianças foram internadas, um incremento de cerca de 7 mil em comparação com o mês anterior, e uma comparação com fevereiro mostra que, à época, apenas 2 mil crianças necessitaram de atendimento médico.

O relatório da OCHA destacou que a situação de fome em Gaza está no seu ponto mais crítico desde outubro de 2023, alertando que a quantidade de ajuda humanitária que está sendo fornecida à região é inadequada para atender à magnitude das necessidades existentes. Este cenário doloroso sublinha a urgência de um esforço global para mitigar as consequências de uma crise humanitária que parece se intensificar a cada dia.

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