Israel ataca Hamas no Catar:analistas afirmam que Netanyahu não busca paz e ação agrava tensões no Oriente Médio. Comunidade internacional critica ofensiva.

Recentemente, as tensões no Oriente Médio se intensificaram após um ataque das Forças de Defesa de Israel (FDI) a um edifício residencial em Doha, capital do Catar, resultando na morte de seis pessoas, incluindo cinco membros do Hamas. Esses indivíduos estavam no país em uma missão de negociações para um acordo de cessar-fogo. A ação provocou uma onda de condenações da comunidade internacional, incluindo repercussões de países como Brasil, Rússia e Estados Unidos. Em uma declaração crítica, o ex-presidente Donald Trump destacou que tal ação israelense poderia prejudicar o processo de paz na região.

O governo do Catar classificou a ofensiva como uma “flagrante violação de leis e normas internacionais”, enfatizando a séria ameaça à segurança de seus cidadãos e residentes. Especialistas em relações internacionais comentaram que esse ataque expôs uma falta de compromisso do governo Netanyahu com a paz. Segundo o professor de relações internacionais Marcus Vinícius Figueiredo, a atitude do primeiro-ministro israelense mina qualquer possibilidade efetiva de um acordo, como o retorno dos reféns israelenses em poder do Hamas.

A operação no Catar, apontada como uma violação de acordos regionais, destaca o papel do país como mediador de conflitos no Golfo. Figueiredo observa que o ataque demonstra claramente a intenção de Netanyahu de não se comprometer com a paz, colocando até mesmo a situação dos reféns em risco.

Ricardo Leães, professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing, também se pronunciou sobre a situação, enfatizando que os bombardeios aéreos de Israel não apenas enfraquecem o papel do Catar como mediador, mas também reforçam a ideia de que Israel está mais interessado em conflitos do que em resolver disputas pacificamente. Ele argumentou que a política israelense tem perpetuado a instabilidade na região, com Israel se configurando como o principal causador de tensões no Oriente Médio.

Ambos os especialistas acreditam que, embora o ataque ofereça ao Catar justificativas para responder, uma escalada significativa de hostilidades contra Israel não é esperada. A política israelense atual enfatiza a necessidade de atacar os inimigos onde quer que estejam, o que se reflete em ações passadas em países como Irã e Iémen.

Por fim, o impacto geopolítico desse episódio pode reverberar entre os países do Golfo, levando a uma reconsideração de suas alianças e do papel que a proteção americana desempenha em suas políticas de segurança regional. A situação também reflete uma potencial mudança na dinâmica do poder, com o Catar podendo buscar novas parcerias fora do escopo tradicional.

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