Israel aprova plano de ocupação de Gaza com objetivo de desmantelar Hamas e garantir ajuda humanitária à população civil.

O Gabinete de Segurança de Israel tomou uma decisão significativa ao aprovar a proposta do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que visa ocupar a Faixa de Gaza e neutralizar o Hamas. Essa estratégia, compartilhada oficialmente nas redes sociais do gabinete de Netanyahu nesta sexta-feira, destaca uma intenção clara de Israel de não apenas confrontar o grupo militante, mas também oferecer assistência à população civil deslocada.

O planejamento inclui a evacuação de civis palestinos para áreas seguras até o dia 7 de outubro. A ofensiva terrestre proposta por Netanyahu não apenas reforça a postura militar do país, mas também busca a imposição de um cerco aos militantes remanescentes no território de Gaza, visando limitar sua capacidade de resistência.

Os princípios norteadores da operação contemplam ações como o desarmamento do Hamas, o retorno de todos os reféns – independentemente de estarem vivos ou mortos –, a desmilitarização da Faixa de Gaza, o controle de segurança na região e a criação de uma administração civil alternativa que não ligue diretamente ao Hamas ou à Autoridade Palestina. Essa nova administração, conforme afirmações de Netanyahu, não permitirá que Israel assuma um papel de governante em Gaza, mas antes procurará transferir essa responsabilidade a uma terceira parte ainda não especificada.

Recentemente, Netanyahu compartilhou suas visões de forma mais ampla, mencionando à mídia internacional que a intenção israelense é restringir sua presença como governantes em Gaza, transferindo as responsabilidades administrativas para outras entidades. Neste cenário, o correspondente da Al Jazeera em Washington, Shihab Rattansi, comentou sobre as estratégias atuais, sugerindo que a posição do ex-presidente americano Donald Trump poderia ter influenciado essa decisão, ao dar luz verde às ações de Netanyahu.

Essa situação tensa em Gaza coloca o governo israelense numa posição delicada, fazendo com que a comunidade internacional observe atentamente as ações planejadas e suas repercussões humanitárias, enquanto o diálogo sobre a paz na região continua a ser um tema complexo e multifacetado. A expectativa é que o desenvolvimento dessa operação não apenas mude o equilíbrio de poder em Gaza, mas também tenha um impacto profundo nas vidas dos civis no terreno.

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