Israel Afirma que Líder Supremo do Irã Não é Alvo de Ataques, Destacando Busca por Solução Diplomática

Tensões no Oriente Médio: Israel não visa Khamenei como alvo

O presidente israelense, Isaac Herzog, reafirmou a posição de seu governo em relação ao líder supremo do Irã, Ali Khamenei, afirmando que não existem intenções de atacá-lo diretamente, nem de promover uma mudança de regime em Teerã. A declaração foi feita em meio a crescentes especulações sobre as intenções de Israel, após comentários polêmicos de membros do governo israelense, incluindo o ministro da Defesa, Israel Katz, que havia defendido a eliminação de Khamenei.

Herzog destacou que, embora uma mudança na liderança iraniana possa ser um efeito colateral significativo e potencialmente benéfico para o povo do Irã, esse não é o objetivo central das ações israelenses. As suas palavras foram um contraste notável ao que foi sugerido anteriormente por Katz, que clamou que Khamenei "não pode continuar existindo". O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também comentou sobre a possibilidade de ataques, afirmando que Israel está “fazendo o que é necessário”, sem confirmar diretamente quais seriam essas ações.

Durante a entrevista, Herzog também abordou a possibilidade de uma solução diplomática para o conflito em andamento com o Irã, insinuando que Israel está preparado para agir independentemente da entrada dos Estados Unidos em um possível confronto. "Israel sabe o que fazer", afirmou Herzog, expressando confiança nas capacidades do seu país em lidar com as tensões geopolíticas na região.

A declaração de Herzog ocorreu pouco depois de um evento significativo em nível internacional, onde o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se manifestou contra qualquer ideia de assassinato de Khamenei, afirmando que nem ao menos consideraria essa possibilidade. Da mesma forma, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, enfatizou uma forte condenação à ideia de um ataque dessa natureza, alertando que a reação da Rússia seria extremamente negativa. Peskov também mencionou que o Kremlin é consciente de que a inteligência norte-americana não possui provas de que o Irã tenha desenvolvido armas nucleares.

Esses episódios destacam a complexidade das relações internacionais no Oriente Médio, onde as tensões entre Israel e Irã continuam a dominar a agenda de segurança regional, enquanto potências globais, como Rússia e Estados Unidos, monitoram cuidadosamente a situação. A nuvem de incerteza paira sobre o futuro das relações na região, enquanto os líderes buscam possíveis soluções para um conflito que se arrasta por décadas.

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