Israel afasta intenção de atacar Iêmen, mas avisa sobre retaliações contra houthis após recentes confrontos e ataques aéreos em Sanaa.

Em um cenário de crescente tensão geopolítica, Israel emitiu uma declaração afirmando que não tem intenção de atacar o Iémen, apesar de prometer retaliações contra os houthis, um grupo rebelde que controla partes do país árabe. A declaração foi feita por Danny Danon, representante de Israel nas Nações Unidas, durante uma coletiva de imprensa na última segunda-feira, 30 de dezembro de 2024.

Danon ressaltou que Israel não está em conflito direto com o Iémen, mas alertou que a resposta seria imediata caso houvesse novas agressões vindas de áreas sob controle dos houthis. O conflito começou a se intensificar em dezembro de 2024, com uma série de ataques aéreos realizados por Israel em resposta a disparos de mísseis e drones lançados do Iémen. Em um episódio marcante, Israel atacou a capital Sanaa e a província de Hudaydah em 19 de dezembro, o que resultou em várias vítimas civis. A crescente escalada militar suscitou preocupações acerca da segurança dos civis e do impacto humanitário na região.

Na quinta-feira, 26 de dezembro, Israel realizou um ataque no Aeroporto Internacional de Sanaa, onde o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, estava presente. Embora Ghebreyesus tenha escapado ileso, um membro de sua equipe ficou ferido durante o ataque, que atingiu um edifício próximo ao local onde a delegação da ONU estava.

O conflito entre os houthis e Israel ganhou impulso em outubro de 2023, quando a situação na Faixa de Gaza se agravou com a escalada da violência entre Israel e o movimento palestino Hamas. Os houthis, em solidariedade aos palestinos, começaram a lançar ataques contra Israel, provocando a resposta militar vigorosa de Tel Aviv.

As consequências da violência em Gaza são devastadoras, com cerca de 45 mil palestinos mortos até a presente data em virtude das operações israelenses, enquanto o lado israelense também sofreu consideráveis baixas. As tensões regionais permanecem elevadas, com o mundo observando atentamente os desdobramentos desse novo capítulo de conflito no Oriente Médio.

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