O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou nesta quinta-feira, 16, que uma “crise de última hora” com o Hamas está atrapalhando a aprovação do acordo esperado para interromper os combates na Faixa de Gaza, que inclui a libertação de dezenas de reféns. De acordo com Netanyahu, o gabinete israelense não se reunirá para aprovar o acordo até que o Hamas recue, acusando o grupo de desrespeitar partes do acordo na tentativa de obter mais concessões.
Em contrapartida, Izzat al-Rashq, um alto funcionário do Hamas, afirmou que o grupo “está comprometido com o acordo de cessar-fogo, que foi anunciado pelos mediadores”. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o principal mediador, o Catar, anunciaram o acordo na quarta-feira, que tem como objetivo libertar os reféns mantidos em Gaza e encerrar uma guerra de 15 meses que provocou instabilidade no Oriente Médio e gerou protestos em todo o mundo.
Segundo o gabinete de Netanyahu, o Hamas já havia desrespeitado um entendimento anterior, o qual dava a Israel o poder de veto sobre quais prisioneiros condenados por assassinato seriam libertados em troca dos reféns. A situação segue indefinida, com ambas as partes apresentando versões conflitantes sobre o cumprimento do acordo.
A tensão entre Israel e o Hamas na região continua, enquanto a comunidade internacional aguarda um desfecho para o impasse. O cenário incerto dá margem para especulações sobre os desdobramentos políticos e humanitários dessa situação, que afeta diretamente a população civil de Gaza e de Israel. Resta aguardar novos desdobramentos e ações por parte das lideranças envolvidas para buscar uma solução pacífica e duradoura para o conflito.