Irmão do dono de loja no DF furta 22 armas, é condenado elega tortura por PMs goianos



No Distrito Federal, uma loja de armamentos sofreu uma série de assaltos que culminaram em grandes prejuízos financeiros e na violação de segurança interna. Um dos episódios mais chocantes envolveu o irmão do proprietário, que foi condenado por furtar 22 armas no ano passado. Durante seu depoimento, ele alegou ter sido ameaçado e brutalizado por policiais militares de Goiás, um evento que adicionou ainda mais camadas de complexidade a essa trama criminosa.

No detalhamento do seu testemunho, o infrator declarou que inicialmente escondeu os armamentos furtados na residência de dois amigos, sugerindo que uma das casas estava localizada na região do Entorno do DF. As circunstâncias logo tomaram um rumo mais sombrio quando parte dessas armas foi levada por policiais militares de Goiás. De acordo com o ladrão, uma semana após o furto inicial, outro grupo de PMs, dessa vez do Distrito Federal, apreendeu os demais armamentos. O processo judicial confirma a apreensão de duas pistolas pelas forças de segurança do DF.

Com receio das represálias, o homem se refugiou em uma casa em Ceilândia, onde foi localizado posteriormente por militares goianos. Segundo seu relato, os policiais o ameaçaram de morte caso não entregasse as armas. Em um ato macabro de tortura, ele alega ter sido submetido a afogamento.

O autor do furto tinha acesso facilitado à loja devido à sua relação familiar e às tarefas que realizava para o irmão, que iam desde serviços de limpeza até a recarga de munições. Conforme a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), ele aproveitou uma viagem do irmão para subtrair as armas, escapando com malas cheias de armamento. Ele confessou ter furtado apenas oito armas, apesar de as câmeras de segurança terem registrado sua saída com as malas em duas ocasiões.

Outros delitos também pesam contra o irmão do proprietário, incluindo acusações de tráfico de drogas e tentativa de homicídio. Em 3 de junho de 2024, ele foi condenado por furto qualificado, agravado pelo abuso de confiança. A sentença incluiu dois anos de reclusão em regime semiaberto e 10 dias-multa, além de indenizações financeiras de R$ 15.785 por danos materiais e R$ 500 por danos morais ao irmão.

Em outro golpe traumático para o comerciante, a loja foi alvo de uma audaciosa operação criminosa em junho de 2024. Os ladrões abriram um buraco numa loja adjacente para acessar a sala-cofre e levaram aproximadamente 100 armas, incluindo fuzis e pistolas. Trinta dessas armas eram de grosso calibre. Investigações preliminares revelaram que a loja vizinha, utilizada para o acesso, havia sido alugada recentemente, e o sistema de câmeras foi também levado pelos assaltantes.

Esse assalto é considerado um dos maiores furtos de armas na história da capital federal. Testemunhas relataram tentativas de invasão no fim de semana anterior ao crime, mas a polícia não conseguiu capturar os suspeitos. A 15ª Delegacia de Polícia de Ceilândia está conduzindo a investigação.

Por determinação do Comando Militar do Planalto, a loja de armamentos teve suas atividades suspensas e não pode mais receber produtos controlados pelo Exército devido às falhas de segurança detectadas após a invasão. A reativação das atividades dependerá da restauração das condições de segurança e de uma nova vistoria do Comando Militar.

Esses episódios destacam a vulnerabilidade das lojas de armamentos e a necessidade de medidas de segurança mais rigorosas para evitar que armas caiam nas mãos erradas, exacerbando a insegurança pública no Distrito Federal e regiões vizinhas.

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